Vicente, autoficção de Jorge Andrade

Autores/as

  • Carlos Gontijo Rosa Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)

DOI:

https://doi.org/10.5195/ct/2020.438

Palabras clave:

Autoficção, Jorge Andrade, Personagem, Literatura, Dramaturgia

Resumen

Este artigo traz uma reflexão acerca da autoficção no teatro, a qual se mostra um procedimento bastante peculiar e distinto daquele verificado na narrativa. A partir da personagem Vicente, presente em três peças do dramaturgo brasileiro Jorge Andrade, percebe-se que ela, apesar de ser descrita como autobiográfica pela crítica e pelo próprio autor, carrega status de personagem autoficcional. Isto porque as características intrínsecas ao gênero dramático, especialmente a representação e a presença do ator, fazem com que os domínios da realidade e da ficção sejam encarados de maneira singular pelo leitor ou espectador.

Biografía del autor/a

Carlos Gontijo Rosa, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)

Pós-doutorando em Estudos da Linguagem na Pontificia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Bacharel em Artes Cênicas (UNICAMP, 2008), Mestre em Teoria e História Literária (UNICMAP. 2011), Doutor em Literatura Portuguesa (USP, 2017) e Pós-doutor em Literatura Brasileira (USP, 2019).

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Publicado

2020-08-07

Número

Sección

Artículos